Precauções Especiais Quimioterapia
Na década de 1960, a quimioterapia imuno-comprometedora chegou ao mercado. Os pacientes tratados com esses agentes eram suscetíveis a infecções devido à incapacidade do organismo em produzir neutrófilos suficientes, um tipo de glóbulo branco. Em alguns pacientes, a próxima rodada de quimioterapia ocorre somente após a recuperação da contagem de neutrófilos no organismo. Em outros pacientes, como aqueles submetidos a transplante de células-tronco, a eliminação de neutrófilos é uma parte necessária do tratamento. Quando os neutrófilos de um paciente caem abaixo de um certo nível, os oncologistas recomendam as chamadas "precauções neutropênicas", que tradicionalmente incluem restrições alimentares. A dieta neutropênica: um tema controverso Embora os oncologistas tenham adotado precauções dietéticas para a quimioterapia pacientes com baixos níveis de neutrófilos, evidência clínica para apoiar a restrição de frutas e vegetais frescos é escassa, de acordo com a American Dietetic Association. A segurança alimentar e a lavagem e lavagem das mãos adequadas antes de comer são mais importantes do que restringir o consumo. De acordo com pesquisa publicada em 2007 em "Clinical Infectious Diseases", mortes relacionadas à infecção em pacientes com câncer imunocomprometidos não são mais frequentemente devidas a práticas dietéticas.
Apoiando a falta de evidências
Em maio de 2011, o Dr. Steven Jubelirer publicou um artigo de revisão em "The Oncologist", alegando que não há evidências para restringir frutas e vegetais frescos em pacientes imunocomprometidos. De acordo com Jubelirer, limitar esses alimentos pode levar a uma redução na qualidade de vida, deficiências de vitaminas e minerais, aversões alimentares e efeitos colaterais gastrointestinais. O Centers for Disease Control também recomenda não restringir frutas e legumes como parte das precauções para pacientes imunocomprometidos, mas sim focar na segurança alimentar e no manejo adequado dos alimentos para reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos.> Apesar de faltarem evidências, muitas instituições de saúde ainda praticam a restrição de produtos frescos como parte das precauções neutropênicas. A limitação de produtos frescos diminui a qualidade dos nutrientes da dieta e não deve ser praticada, a menos que seja orientada de outra forma pela equipe de saúde do paciente. Em última análise, a decisão de comer frutas e vegetais frescos durante o tratamento do câncer deve ser discutida entre o paciente e a equipe de saúde.