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As pessoas com doenças mentais deveriam receber a mesma punição que as que não estão doentes?
Se as pessoas com doenças mentais devem receber a mesma punição que as que não estão doentes é uma questão complexa que tem sido debatida há muitos anos. Há vários factores a considerar ao tomar esta decisão, incluindo a natureza da doença mental, a gravidade do crime e o risco potencial para a sociedade.
Algumas doenças mentais podem prejudicar significativamente a capacidade de uma pessoa compreender as consequências das suas ações ou controlar o seu comportamento. Nesses casos, pode ser injusto puni-los da mesma forma que alguém que não tem doença mental. Por exemplo, uma pessoa com esquizofrenia que tem alucinações pode não ser capaz de distinguir entre realidade e fantasia e, portanto, pode não ser capaz de formar a intenção necessária para cometer um crime.
No entanto, também existem casos em que pessoas com doenças mentais cometem crimes graves que representam um risco significativo para a sociedade. Nesses casos, pode ser necessário impor uma punição mais severa para proteger o público. Por exemplo, uma pessoa com transtorno de personalidade anti-social que comete crimes violentos repetidamente pode precisar ser encarcerada para evitar que cause mais danos.
Em última análise, a decisão de impor ou não a mesma punição às pessoas com doenças mentais e às que não estão doentes deve ser tomada caso a caso. É importante considerar todos os factores relevantes, incluindo a natureza da doença mental, a gravidade do crime e o risco potencial para a sociedade.
Em algumas jurisdições, indivíduos com doenças mentais podem ser considerados inocentes por motivo de insanidade (NGRI). Isso significa que eles não são responsabilizados criminalmente por suas ações devido à sua doença mental. Em outras jurisdições, indivíduos com doenças mentais podem ser considerados culpados, mas com doenças mentais (GBMI). Isto significa que são responsabilizados criminalmente pelos seus actos, mas a sua doença mental pode ser tida em conta na determinação da pena.
Há também uma série de opções de sentenças alternativas que podem estar disponíveis para infratores com doenças mentais, tais como programas de desvio, tratamento de saúde mental e libertação supervisionada. Estas opções podem ser mais apropriadas do que o encarceramento tradicional nos casos em que o infrator não representa um perigo para a sociedade e necessita de tratamento.