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A mídia glorifica a gravidez na adolescência?

Não há dúvida de que os meios de comunicação social podem desempenhar um papel significativo na formação da opinião e do comportamento público. Quando se trata de gravidez na adolescência, há algumas evidências que sugerem que a mídia pode desempenhar um papel em glorificá-la ou romantizá-la.

Por exemplo, um estudo descobriu que a cobertura da mídia sobre a gravidez na adolescência geralmente se concentra nos aspectos positivos, como o fato de o bebê ser uma “bênção” ou a mãe adolescente ser “corajosa”. Isso pode fazer com que a gravidez na adolescência pareça algo desejável ou admirável, o que pode levar ao aumento das taxas de gravidez na adolescência.

Outro estudo descobriu que a cobertura mediática da gravidez na adolescência perpetua frequentemente estereótipos sobre as mães adolescentes, tais como a ideia de que são irresponsáveis, sem instrução e oriundas de famílias com baixos rendimentos. Isto pode levar ao estigma e à discriminação contra as mães adolescentes, o que pode tornar mais difícil para elas obterem o apoio de que necessitam.

Porém, é importante ressaltar que a mídia não é o único fator que influencia as taxas de gravidez na adolescência. Existem muitos outros factores, como a pobreza, a falta de acesso à educação e à contracepção e a pressão dos pares, que desempenham um papel na gravidez na adolescência.

Em última análise, os meios de comunicação social podem ser uma ferramenta poderosa para o bem ou para o mal. É importante estar ciente dos potenciais efeitos negativos da cobertura mediática da gravidez na adolescência e tomar medidas para mitigar esses efeitos.