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Por que as mães negras correm maior risco de aborto?
As mães negras nos Estados Unidos enfrentam um risco maior de aborto espontâneo em comparação com as mães brancas. Esta disparidade nos resultados da gravidez persiste há décadas e é influenciada por vários fatores, incluindo:
1.
Fatores socioeconômicos: As mulheres negras têm maior probabilidade de viver na pobreza e de enfrentar factores de stress socioeconómico, como a falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade, habitação inadequada e recursos financeiros limitados. Esses fatores podem contribuir para o aumento dos níveis de estresse e problemas de saúde geral, o que pode afetar os resultados da gravidez.
2.
Condições crônicas de saúde: As mulheres negras têm taxas mais elevadas de condições crónicas de saúde, como hipertensão, obesidade e diabetes, o que pode aumentar o risco de aborto espontâneo. Além disso, o acesso inadequado aos cuidados pré-natais e ao tratamento para estas condições pode contribuir ainda mais para complicações na gravidez.
3.
Discriminação e racismo: As experiências de discriminação e racismo, tanto interpessoal como institucional, podem ter um impacto negativo na saúde mental e física das mulheres negras. O stress crónico associado ao racismo pode afectar a regulação hormonal e o funcionamento do sistema imunitário, contribuindo potencialmente para um risco aumentado de aborto espontâneo.
4.
Fatores ambientais: As comunidades negras têm maior probabilidade de estar expostas a riscos ambientais, como a poluição do ar e a contaminação por chumbo. Esses fatores podem afetar negativamente o desenvolvimento fetal e aumentar o risco de complicações na gravidez, incluindo aborto espontâneo.
5.
Fatores genéticos: A pesquisa sugere que as variações genéticas também podem contribuir para o maior risco de aborto espontâneo entre as mulheres negras. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente os fatores genéticos envolvidos.
É importante notar que estes factores interagem de formas complexas, e abordar as disparidades nas taxas de aborto requer intervenções abrangentes que abordem questões socioeconómicas, de saúde, ambientais e sociais.