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Qual é a visão utilitarista dos bebês projetados?
O utilitarismo é uma teoria ética que sustenta que a melhor ação moral é aquela que maximiza a utilidade (ou seja, o bem-estar geral ou a felicidade) para todos os indivíduos afetados. De uma perspectiva utilitarista, a criação e utilização de bebés desenhados poderia ser vista como moralmente permissível ou mesmo desejável, dependendo das circunstâncias e resultados específicos de cada caso.
Aqui estão alguns fatores que um utilitarista pode considerar ao avaliar a ética dos bebês projetados:
1.
Bem-estar geral: O utilitarismo centra-se na maximização do bem-estar geral, pelo que a principal consideração seria se os bebés concebidos levariam a um aumento líquido da felicidade e do bem-estar para os indivíduos envolvidos e para a sociedade como um todo. Isto pode incluir fatores como melhoria da saúde, maiores oportunidades e redução do sofrimento.
2.
Autonomia e Consentimento: O utilitarismo também valoriza a autonomia individual e a capacidade de fazer escolhas. Portanto, o consentimento e as preferências dos futuros pais e potenciais filhos (quando atingirem uma idade apropriada) devem ser respeitados. Isto inclui o direito de escolher usar ou não tecnologias genéticas e os traços ou características específicas a serem selecionadas.
3.
Justiça Social e Equidade: O utilitarismo procura promover a justiça e a igualdade de oportunidades para todos. Portanto, seria essencial considerar se os bebés concebidos poderiam levar ao aumento da desigualdade social ou exacerbar as disparidades existentes. Devem ser tomadas medidas para garantir que os benefícios das tecnologias genéticas sejam acessíveis e equitativos para todos os segmentos da sociedade.
4.
Consequências a longo prazo: O utilitarismo tem uma visão de longo prazo das consequências das ações. Seria importante considerar os potenciais efeitos a longo prazo dos bebés concebidos no património genético, na diversidade humana e no futuro da sociedade como um todo. Isto inclui avaliar as consequências não intencionais e os riscos potenciais associados às modificações genéticas.
5.
Meios alternativos: O utilitarismo também considera se existem meios alternativos para alcançar resultados iguais ou melhores sem recorrer a bebés concebidos. Por exemplo, investir em sistemas abrangentes de cuidados de saúde, educação e apoio social poderia potencialmente resolver muitas das preocupações que algumas pessoas têm com bebés concebidos.
Com base nestas considerações, um utilitarista pode concluir que os bebés concebidos são eticamente aceitáveis em determinadas situações, tais como para prevenir doenças ou deficiências graves ou para melhorar certas características que são consideradas benéficas para os indivíduos e a sociedade. No entanto, também enfatizariam a importância das salvaguardas para proteger os direitos individuais, promover a justiça social e mitigar quaisquer potenciais consequências negativas.
Vale a pena notar que o utilitarismo é apenas um quadro ético para considerar a ética dos bebés concebidos. Diferentes teorias e perspectivas éticas podem levar a conclusões diferentes. Em última análise, a avaliação ética dos bebés desenhados é uma questão complexa e multifacetada que requer uma consideração cuidadosa e um discurso público envolvendo várias partes interessadas.