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Os vírus podem ficar inativos por anos?

Sim, os vírus podem permanecer inativos durante anos. Este fenómeno, conhecido como latência, é caracterizado por uma fase dormente no ciclo de vida viral onde o vírus existe numa forma não replicante dentro da célula hospedeira. Os vírus latentes podem persistir no corpo do hospedeiro por longos períodos, às vezes até décadas, sem causar quaisquer sintomas ou doenças aparentes.

Durante a latência, o genoma viral integra-se ao DNA da célula hospedeira ou existe como uma molécula circular independente de DNA chamada epissoma. O vírus pode permanecer neste estado inativo por vários motivos, dependendo do vírus específico e da interação do hospedeiro. Alguns vírus podem entrar em latência como estratégia de sobrevivência em resposta a estressores ambientais, respostas do sistema imunológico ou outros fatores inibitórios.

Exemplos de vírus que podem se tornar latentes incluem o vírus herpes simplex (HSV), o vírus varicela-zoster (VZV), o vírus Epstein-Barr (EBV) e o citomegalovírus humano (HCMV). Esses vírus são responsáveis ​​por causar diversas doenças, como herpes labial, varicela, mononucleose infecciosa e infecção por citomegalovírus.

Os vírus latentes podem ser reativados periodicamente quando determinados gatilhos os estimulam. Esses gatilhos podem incluir estresse, supressão do sistema imunológico, alterações hormonais ou exposição a condições ambientais específicas. A reativação de vírus latentes pode levar a episódios recorrentes das doenças associadas ou causar novos sintomas e complicações.

Compreender a latência viral é crucial no estudo da patogênese viral, no desenvolvimento de tratamentos eficazes e na prevenção da propagação de doenças infecciosas. Os cientistas continuam a investigar os mecanismos por detrás da latência e reactivação viral para desenvolver melhores estratégias para gerir e controlar infecções virais latentes.