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Teve COVID? Parte do vírus pode permanecer no seu cérebro

Título:Teve COVID? Parte do vírus pode permanecer no seu cérebro

Introdução:

A pandemia da COVID-19 tem sido uma grande crise de saúde para o mundo e, embora a maioria das pessoas recupere totalmente da infecção, algumas podem apresentar sintomas persistentes durante meses ou mesmo anos. Uma área de crescente preocupação é a presença potencial do vírus COVID-19 ou dos seus componentes no cérebro, o que poderia lançar luz sobre os efeitos neurológicos associados à COVID longa.

Evidência de presença viral no cérebro:

Estudos detectaram a presença de material genético do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, nos tecidos cerebrais de pessoas que tiveram a infecção. Um estudo, publicado na revista JAMA Neurology, examinou os cérebros de 4 pacientes autopsiados que morreram de COVID-19 e encontrou o vírus em neurônios e células gliais nas regiões do cerebelo e da medula oblonga do cérebro.

Resposta imunológica e inflamação:

Em alguns casos, mesmo quando o vírus activo já não está presente no cérebro, a resposta imunitária do corpo à infecção pode contribuir para sintomas neurológicos. O processo de inflamação desencadeado pelo sistema imunológico, conhecido como neuroinflamação, pode ocorrer dentro do cérebro e potencialmente perturbar a função neural e a comunicação. A inflamação persistente no cérebro está associada a inúmeras condições neurológicas.

Alterações Microvasculares:

A infecção por COVID-19 pode levar a alterações na microvasculatura do cérebro, afetando minúsculos vasos sanguíneos e capilares responsáveis ​​pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as células cerebrais. Alguns estudos indicam anomalias na morfologia dos pequenos vasos e o desenvolvimento de pequenos coágulos sanguíneos, que podem prejudicar o funcionamento adequado do cérebro e exacerbar os sintomas neurológicos.

Potenciais efeitos a longo prazo:

A persistência de componentes virais ou inflamação associada no cérebro levanta preocupações sobre consequências neurológicas a longo prazo. A pesquisa em andamento visa compreender a relação entre a exposição do cérebro ao vírus e o espectro de sintomas observados na COVID longa, incluindo deficiências cognitivas, fadiga, dores de cabeça, ansiedade e distúrbios do sono.

Resolvendo problemas neurológicos em Long COVID:

O manejo da COVID longa requer uma abordagem abrangente, incluindo o tratamento de quaisquer sintomas neurológicos que surjam. A reabilitação neurológica, incluindo terapia cognitiva, fisioterapia e apoio psicológico, desempenha um papel crucial na facilitação da recuperação e na melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas. Além disso, o manejo adequado da inflamação contínua e o monitoramento da saúde neurológica são aspectos importantes do tratamento prolongado da COVID.

Conclusão:

Evidências emergentes sugerem uma ligação potencial entre componentes virais persistentes ou respostas imunológicas relacionadas no cérebro e os sintomas neurológicos experimentados por certos sobreviventes da COVID-19. Mais pesquisas são necessárias para compreender de forma abrangente os mecanismos envolvidos e desenvolver abordagens eficazes para ajudar os pacientes com COVID longa a enfrentar com sucesso seus desafios neurológicos.