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Como a esclerose múltipla afeta o sistema endócrino?

A esclerose múltipla (EM) é uma condição neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos. Embora a EM afete principalmente o sistema nervoso, também pode ter efeitos indiretos no sistema endócrino, que é responsável pela regulação dos hormônios no corpo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a EM pode impactar o sistema endócrino:

1. Desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA):A EM pode afetar a função do hipotálamo e da glândula pituitária, que desempenham papéis cruciais na regulação do eixo HPA. Isso pode levar a desequilíbrios na produção de hormônios como o cortisol, que está envolvido na resposta ao estresse, na regulação energética e na função imunológica.

2. Função da tireoide:Alguns indivíduos com EM podem apresentar alterações na função da tireoide, como hipotireoidismo (tireoide hipoativa) ou hipertireoidismo (tireoide hiperativa). Essas alterações podem resultar de interrupções na comunicação entre o hipotálamo, a glândula pituitária e a glândula tireoide, que estão envolvidas na regulação dos hormônios tireoidianos.

3. Irregularidades menstruais:Mulheres com EM podem apresentar irregularidades menstruais, incluindo alterações na duração, intensidade e duração do ciclo. Essas irregularidades podem estar relacionadas a alterações na produção de hormônios envolvidos no ciclo menstrual, como estrogênio e progesterona.

4. Disfunção Sexual:A disfunção sexual é um sintoma comum tanto em homens como em mulheres com EM. Isso pode ser devido a vários fatores, incluindo danos nos nervos que afetam a excitação sexual e o orgasmo, desequilíbrios hormonais e efeitos psicológicos de viver com uma condição crônica.

5. Saúde Óssea:A EM pode afetar a saúde óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. Isto é parcialmente atribuído à redução da mobilidade, diminuição das atividades de sustentação de peso e desequilíbrios hormonais, como baixos níveis de vitamina D e diminuição da produção de estrogênio em mulheres após a menopausa.

É importante observar que nem todos os indivíduos com EM apresentarão complicações no sistema endócrino. Os efeitos da EM no sistema endócrino podem variar amplamente e dependem da gravidade e localização das lesões no sistema nervoso central. A monitorização e gestão regulares dos sintomas relacionados com o sistema endócrino são essenciais para garantir o bem-estar geral e a qualidade de vida dos indivíduos com EM.