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Como a perda auditiva se relaciona com a demência?
Existe uma forte correlação entre a perda auditiva relacionada à idade e o declínio cognitivo, incluindo a demência. Aqui estão alguns aspectos importantes de como a perda auditiva se relaciona com a demência:
1.
Privação Auditiva: A perda auditiva pode levar à privação auditiva, o que significa que o cérebro recebe menos sinais auditivos. Esta redução na entrada auditiva pode afetar o processamento do som e da fala no cérebro, levando a dificuldades de compreensão e comunicação.
2.
Carga cognitiva: A perda auditiva pode aumentar a carga cognitiva, pois os indivíduos podem exercer mais esforço para processar e compreender a fala. Este esforço mental aumentado compete por recursos que de outra forma estariam disponíveis para outras funções cognitivas, como memória e resolução de problemas.
3.
Isolamento social: A perda auditiva pode contribuir para o isolamento social, pois os indivíduos podem achar difícil participar de conversas e interações sociais. O envolvimento social reduzido está ligado ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência.
4.
Atrofia cerebral: Estudos encontraram uma conexão entre perda auditiva e atrofia cerebral acelerada, particularmente em áreas relacionadas ao processamento auditivo, memória e cognição. Esta atrofia está ligada à redução da estimulação do cérebro devido à perda auditiva.
5.
Inflamação e estresse oxidativo: A perda auditiva tem sido associada ao aumento dos níveis de inflamação e estresse oxidativo no cérebro. Esses fatores contribuem para danos neuronais e podem promover declínio cognitivo e demência.
6.
Fatores de risco comuns: Vários fatores de risco, como idade, genética e doenças vasculares, estão associados à perda auditiva e à demência. Estes factores de risco partilhados sugerem uma ligação subjacente entre as duas condições.
É importante observar que nem todos os indivíduos com perda auditiva desenvolverão demência, mas a forte associação sugere que lidar com a perda auditiva pode ter benefícios potenciais na prevenção ou no retardamento do declínio cognitivo. Exames auditivos regulares, aparelhos auditivos ou implantes cocleares adequados e participação ativa em atividades sociais e cognitivas são algumas das estratégias que podem ser benéficas para indivíduos com perda auditiva e em risco de demência.