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Quais são as características das enzimas que impedem a pitalina e a tripsina de digerirem o mesmo alimento?

As características das enzimas que impedem a pepsina e a tripsina de digerir o mesmo alimento dependem do seguinte:

PH ideal: A pepsina e a tripsina têm diferentes faixas de pH ideais para sua atividade catalítica. A pepsina funciona melhor em condições ácidas, com um pH ideal em torno de 1,5-2,0, encontrado no estômago. A tripsina, por outro lado, funciona de forma ideal num ambiente ligeiramente alcalino, com um pH óptimo em torno de 7,5-8,0, que é característico do intestino delgado.

Temperatura: A pepsina e a tripsina também possuem diferentes faixas de temperatura dentro das quais exibem atividade máxima. A pepsina é mais ativa à temperatura corporal (cerca de 37 graus Celsius), que é a temperatura dentro do estômago. A tripsina, entretanto, é mais ativa em temperaturas ligeiramente mais altas, em torno de 40-45 graus Celsius, que corresponde à temperatura do intestino delgado.

Especificidade do substrato: A pepsina e a tripsina têm diferentes especificidades de substrato, o que significa que digerem preferencialmente diferentes tipos de proteínas. A pepsina está envolvida principalmente na quebra inicial de proteínas no estômago e tem preferência pela clivagem de ligações peptídicas envolvendo aminoácidos aromáticos, como fenilalanina, tirosina e triptofano. A tripsina, por outro lado, atua mais ao longo do processo digestivo no intestino delgado e tem especificidade para clivar ligações peptídicas envolvendo aminoácidos básicos, como lisina e arginina.

Essas diferenças no pH ideal, temperatura e especificidade do substrato garantem que a pepsina e a tripsina atuem nas proteínas de forma sequencial e seletiva durante o processo digestivo. A pepsina inicia a digestão das proteínas no ambiente ácido do estômago, decompondo-as em fragmentos peptídicos menores. À medida que o conteúdo do estômago passa para o intestino delgado, o pH torna-se mais alcalino e a tripsina torna-se ativa. A tripsina decompõe ainda mais os fragmentos peptídicos gerados pela pepsina e outras enzimas digestivas, levando eventualmente à absorção de aminoácidos na corrente sanguínea.