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O que determina que um neurotransmissor terá efeito inibitório ou excitatório?

Se um neurotransmissor terá um efeito inibitório ou excitatório depende de vários fatores, incluindo o tipo de neurotransmissor, o receptor ao qual se liga e a via de sinalização a jusante ativada pelo receptor. Aqui estão alguns fatores-chave que determinam os efeitos inibitórios ou excitatórios dos neurotransmissores:

Tipo de neurotransmissor :

1. Neurotransmissores Excitatórios: Neurotransmissores excitatórios, como glutamato, acetilcolina e dopamina, geralmente causam um aumento na taxa de disparo dos neurônios. Eles normalmente se ligam a receptores que permitem o influxo de íons carregados positivamente (como íons de sódio ou cálcio) no neurônio pós-sináptico, levando à despolarização da membrana e ao aumento da excitabilidade.

2. Neurotransmissores Inibitórios: Neurotransmissores inibitórios, como o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a glicina, geralmente diminuem a taxa de disparo dos neurônios. Eles se ligam a receptores que permitem o influxo de íons carregados negativamente (como íons cloreto) ou o efluxo de íons potássio, resultando em hiperpolarização da membrana e redução da excitabilidade.

Subtipo de receptor :

1. Receptores ionotrópicos: Receptores ionotrópicos são receptores de neurotransmissores que controlam diretamente os canais iônicos após a ligação do neurotransmissor. O tipo de íons permitidos através desses canais determina o efeito no neurônio pós-sináptico. Por exemplo, os receptores AMPA (ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiônico) permitem o influxo de sódio, levando à despolarização, enquanto os receptores GABA-A permitem o influxo de cloreto, causando hiperpolarização.

2. Receptores metabotrópicos: Os receptores metabotrópicos são receptores de neurotransmissores ligados às proteínas G. A ativação desses receptores desencadeia vias de sinalização a jusante que podem modular a atividade do canal iônico ou outros processos celulares, levando a efeitos excitatórios ou inibitórios, dependendo do receptor específico e da cascata de sinalização envolvida.

Célula alvo e integração sináptica:

O efeito líquido de um neurotransmissor sobre um neurônio também depende da integração de sinais de múltiplas sinapses e do estado geral do neurônio. Por exemplo, o efeito combinado de estímulos excitatórios e inibitórios sobre um neurônio determina sua taxa de disparo e o tempo dos potenciais de ação. Além disso, neuromoduladores, como a serotonina ou a norepinefrina, podem modular a excitabilidade dos neurônios e influenciar os efeitos dos neurotransmissores.

Em resumo, os efeitos inibitórios ou excitatórios dos neurotransmissores dependem do seu tipo, dos receptores aos quais se ligam, das vias de sinalização ativadas a jusante e do contexto da rede neuronal.