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O ecstasy libera serotonina armazenada e bloqueia sua reabsorção?
Sim, o ecstasy, também conhecido como MDMA ou 3,4-metilenodioximetanfetamina, uma droga psicoativa, tem múltiplos efeitos sobre a serotonina no cérebro. Atua principalmente no sistema serotoninérgico, levando ao aumento da liberação e diminuição da reabsorção de serotonina, resultando no acúmulo desse neurotransmissor na fenda sináptica.
Aqui está uma explicação detalhada de como o ecstasy afeta a serotonina:
1. Maior liberação :O ecstasy causa uma liberação rápida e significativa de serotonina dos neurônios pré-sinápticos. Ele interage com os transportadores de serotonina, responsáveis pela reabsorção da serotonina de volta ao neurônio pré-sináptico, e inibe sua função. Como resultado, mais serotonina é liberada no espaço sináptico.
2. Bloqueio de Reabsorção :Além de aumentar a liberação de serotonina, o ecstasy também bloqueia a recaptação de serotonina no neurônio pré-sináptico. Ao inibir os transportadores de serotonina, o ecstasy impede a reabsorção da serotonina liberada, permitindo que ela se acumule na sinapse.
Esta dupla ação de aumento da liberação e redução da recaptação leva a uma elevação substancial dos níveis de serotonina no cérebro, particularmente em áreas envolvidas no humor, no prazer e nos vínculos sociais. O acúmulo de serotonina na fenda sináptica intensifica e prolonga a sinalização serotoninérgica, resultando nos efeitos prazerosos e eufóricos associados ao uso do ecstasy.
É importante observar que a liberação e o acúmulo excessivos de serotonina também podem ter efeitos adversos, incluindo ansiedade, alucinações, desidratação e tensão cardiovascular. Além disso, o uso crónico ou excessivo de ecstasy pode esgotar as reservas de serotonina e prejudicar a função da serotonina, levando a consequências negativas a longo prazo no humor e na função cognitiva.
Portanto, compreender e considerar os efeitos do ecstasy sobre a serotonina é crucial para a redução de danos e o uso responsável de drogas.